senador Aécio Neves (PSDB-
MG) afirmou que o Ministério do Esporte promove o
“aparelhamento” de entidades e municípios por meio de convênios, principalmente
do programa Segundo Tempo. Segundo o tucano, há uma “complacência” com as
irregularidades por parte do governo federal, que só age contra os “malfeitos”
após os casos serem denunciados pela imprensa. Aécio denunciou que, durante seu
primeiro mandato como governador de Minas Gerais (2003-2006), o Ministério do
Esporte cancelou o convênio do Segundo Tempo que mantinha com o Estado,
responsável, por sua vez, pelos convênios com os municípios.
“Eles (do ministério) cancelaram as parcerias com o Estado exatamente com a
intenção, obviamente, estamos vendo agora, de aparelhar (municípios e ONGs) como
aparelhou”, afirmou.
Para o senador, o “inchaço da máquina” pública federal e o loteamento de ministérios entre partidos da
base aliada são causas das irregularidades que já levaram à queda de seis
ministros do governo da presidente Dilma Rousseff. “Não se justifica, em um país
como o Brasil, termos praticamente 40 ministérios.
Não há condições de você avaliar a ação dos ministros. Ainda mais com a lógica de entregar aos
partidos políticos ministérios como se fossem feudos”.
O tucano ainda acusou o governo federal de ter conhecimento prévio das irregularidades, mas não agir para
corrigir os problemas e “conviver bem” com o “aparelhamento absurdo” da máquina
pública. “É claro que o governo sabia o que estava acontecendo no Ministério do
Esporte, como sabia o que estava acontecendo nos outros ministérios. É que o
chamado malfeito, para usar um termo que a presidente gosta de usar, só é
enfrentado quando vira escândalo.
Enquanto não vira escândalo, há uma certa complacência”, disparou.
“Nenhuma dessas denúncias, nenhuma dessas quedas de ministros se deu por uma
ação do governo. Todas elas ocorreram por denúncias da imprensa. Enquanto não
houver denúncia, está tudo bem”, completou. (Tribuna da Bahia)
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