terça-feira, 8 de novembro de 2011

Alunos são indiciados por 3 crimes

Carlos Lordelo e Cedê Silva, do Estadão.edu

Dois ônibus lotados com estudantes, um de homens e outro de mulheres, permanecem no 91.º DP, no Jaguaré, zona oeste, para onde foram levados alunos detidos na USP. Os universitários têm deixado os ônibus um a um para prestar depoimento. Eles estão sendo indiciados por três crimes e só poderão sair mediante pagamento de fiança de R$ 1.050.

Pelas janelas dos veículos os estudantes gritam denúncias e palavras de ordem. "Isto é tortura", afirmaram alguns alunos, alegando que estão impedidos de ir ao banheiro ou beber água há mais de três horas. "Abaixo Rodas imundo. Fora PM do mundo", gritavam outros, mencionando o nome do reitor, João Grandino Rodas.

O delegado do 91.º DP Leonardo Simonato esteve na reitoria agora há pouco, acompanhando os trabalhos da perícia. Ele disse que, em princípio, os estudantes podem responder por desobediência a ordem judicial, dano ao patrimônio público e crime ambiental (por conta das pichações nas paredes). Outro delegado do 91.º DP, Dejair Rodrigues, disse que a polícia apura a possibilidade de indiciar os estudantes também por formação de quadrilha.

"Nós estamos aqui para denunciar a ditadura na universidade", disse uma estudante detida no ônibus. "E isso não é crime."
A Assessoria de Imprensa da reitoria informou que não comentará a desocupação e vai esperar o resultado da perícia para se manifestar.

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