terça-feira, 8 de novembro de 2011

No “Jornal Nacional”, fascistas encapuzados viraram “os meninos”!!!

Uma coisa é certa. Os invasores da Reitoria da USP não poderão reclamar de parcialidade na cobertura do Jornal Nacional. Não ao menos de parcialidade contra eles. A abordagem foi francamente simpática àqueles que estavam ali cometendo uma penca de crimes. Que dias estes, não?
O primeiro momento notável foi quando o repórter José Roberto Burnier chamou os invasores de “os meninos”, corrigindo-se depois, ou fazendo sinonímia: “os estudantes”. Em seguida, foram exibidos coquetéis Molotov com o seguinte texto: “A polícia diz que encontrou…” É??? Por que acreditar na Polícia em vez de acreditar nos “meninos”?
A propósito: um dos “garotinhos” que falaram, acusando “arbitraridade” (sic), foi Rafael Alves. É aquela criança de 29 anos que foi jubilada depois de sete anos sem concluir o curso e que voltou à universidade em razão de um novo vestibular.
Em seguida, o repórter da Globo entra na reitoria e mostra um pouco, bem pouco, da área depredada, destacando que duas salas foram deixadas intactas. Os “meninos”, em suma, não são assim tão maus! Em nenhum momento informa-se ao telespectador que os “estudantes” são militantes de partidos e correntes como PCO, LER-QI e tendências outras.
Não custa lembrar: ontem à noite, “os meninos” agrediram uma jornalista e feriram dois cinegrafistas a pedradas. Um deles teve a câmera danificada. Outro foi derrubado. Nem uma miserável palavra a respeito.
Na seqüência, o Jornal Nacional exibiu, com narração, os doces estudantes tentando entregar flores aos policiais. Um momento de poesia. Mais: um deles leu um trecho de um manifesto com acusações contra a PM, e, olhem que coisa!, um representante da PM apareceu… tendo de se defender. Ao fim, o governador Geraldo Alckmin fez uma declaração muito sensata (aquela que se lê pots abaixo). Alguém dirá: “Isso é que é isenção!”
Entre as leis democráticas e o crime, qual é a isenção possível? Depois da reportagem, vai ter gente querendo adotar “os meninos”, esses poetas da bagana ideológica.
Por Reinaldo Azevedo

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