domingo, 1 de janeiro de 2012

Epifania! Por Karol Rotini .....

Epifania! Por Karol Rotini
Todo fim de ano, com o encerramento de mais um que se aproxima, talvez por convenções sociais arraigadas no íntimo, ou por um desejo inenarrável de mudanças e melhorias que do futuro sempre advirá, fazemos resoluções de ano novo, por vezes tão significativas, porém de improvável cumprimento!
As típicas: emagrecer (opa!), modificar hábitos alimentares (eca!), economizar (epa!) e a eterna busca por desenvolvimento espiritual/intelectual que nos tornará seres humanos melhores (ufa!).
Embora não seja eu alguém leniente – assim como Máximo Gorki, não vim a este mundo para me resignar - nada há que possa ser feito: nesta semana, com fatídico “Adeus, Ano Velho!”, veremos 2011 se indo para sempre, esvaindo-se com ele o que ficou para trás, na contagem regressiva do “3, 2, 1”! 
O que mudou significativamente de ano passado para este? Este ano cumpri todas as minhas promessas de ano novo: não havia feito nenhuma! E assim, com a sensação do dever cumprido (hehe!)... Continuemos!
Minha retrospectiva? Foi um bom ano, beirando a excelência (aham!). Sou alguém que - por infeliz ironia e abdicada de qualquer prepotência neste sentido, diante da simples aceitação da condição de falibilidade humana - já teve todos os sonhos realizados.
Embora reconheça faltas que ainda resultem por sangrar as rachaduras da alma, e por isso a busca incessante do que jamais será encontrado porque há muito perdido para sempre (viver também é isso!), em gratidão, sei que recebi bem mais do que pedi.
Por ter sonhado tão pouco - reduzindo-me a minha insignificância diante de uma divindade maior, cujos desígnios jamais compreendi, e não tendo sido humilde o suficiente para apenas aceitar - entendi por ir em busca de um novo sonhar, já encontrado, porque repetidamente martelava na mente a máxima “Se houvesse sonhos para vender, que sonho comprarias?" (Thomas L. Beddoes)
E foi assim que se deu 2011! Algumas decepções, não de todo inesperadas (a vida é mesmo assim!), com inúmeros momentos de reconfortante e surpreendente felicidade (então é isso!), dessas que transcendem as pessoas que acreditam que é preciso ser feliz hoje (porque só se vive uma vez!)!
Súbita percepção de uma grande verdade tida diante de uma natureza merecidamente contemplada, num maravilhoso pôr do sol à beira de um lago, onde convicções caíram por terra em busca de um melhor e pleno sentido na vida! A epifania: sim, eu já havia saltado, então restava esperar que o paraquedas abrisse!

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