sábado, 5 de janeiro de 2013

Afinal, quem são os "excluídos"? ....


Em seu livro O terrorismo intelectual de 1945 aos nossos dias (SP: Editora Peixoto Neto), o jornalista e historiador francês Jean Sévillia, já referido aqui no blog, traz uma informação importante para revelar o retardatário discurso dos supostos "progressistas" brasileiros (e aqui incluo parte da igreja católica, da academia, das ongs e dos partidos ditos esquerdistas, principalmente a retrógrada vertente surgida com o lulopetismo).

Lembram do midiático "Grito dos Excluídos", aqui manipulado até hoje pelos bispos vermelhinhos da CNBB? A coisa vem dos "terroristas intelectuais" franceses: exclusão é uma palavra-chave desse bando já nos anos 80. Sévillia:


"O conceito foi lançado em1974, em um livro de René Lenoir, no qual o secretário de Estado da Ação Social do governo de Giscard d'Estaing analisava os fenômenos do desemprego e do retorno à pobreza suscitado pelo fim dos Trinta Gloriosos. Sob essa ótica, um excluído era aquele que não pôde ou não soube aproveitar o crescimento econômico. A esquerda passou a usar esse termo, com uma alteração do seu sentido, para designar toda minoria que, a seu ver, é de alguma forma humilhada ou toda categoria social, marginalizada. Com uma acepção tão vaga quanto ampla, as pessoas que não desfrutam do status comum podem ser consideradas excluídas, não importa se devido à fatalidade, à lei ou a dificuldades muito específicas de cada um - se não encontra um lugar para morar, se está preso ou se é toxicômano, portador de Aids ou imigrante clandestino."



A conclusão do autor é certeira, principalmente se considerarmos a reprodução desse discurso no Brasil pós-Lula:



"Mais uma vez, a semântica não é inocente. Por analogia, exclusão remete a outras palavras: discriminação, segregação. E, por extensão, racismo. O mito da exclusão permite que se acuse de racismo não importa quem, nem o quê. No entanto, a vida social é baseada na organização dos indivíduos em grupos que determinam legitimamente as inclusões e, portanto, no sentido inverso, as exclusões. Religião, nação, família, propriedade, empresa, associações - há diversas comunidades das quais estão excluídos os que não são seus membros, sem que isso, no seu entender, implique injustiça ou violência."  ....

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