Em seu livro O terrorismo intelectual de 1945 aos nossos dias (SP: Editora Peixoto Neto), o jornalista e historiador francês Jean Sévillia, já referido aqui no blog, traz uma informação importante para revelar o retardatário discurso dos supostos "progressistas" brasileiros (e aqui incluo parte da igreja católica, da academia, das ongs e dos partidos ditos esquerdistas, principalmente a retrógrada vertente surgida com o lulopetismo).
Lembram do midiático "Grito dos Excluídos", aqui manipulado até hoje pelos bispos vermelhinhos da CNBB? A coisa vem dos "terroristas intelectuais" franceses: exclusão é uma palavra-chave desse bando já nos anos 80. Sévillia:
"O conceito foi lançado em1974, em
um livro de René Lenoir, no qual o secretário de Estado da Ação Social do
governo de Giscard d'Estaing analisava os fenômenos do desemprego e do retorno à
pobreza suscitado pelo fim dos Trinta Gloriosos. Sob essa ótica, um excluído era
aquele que não pôde ou não soube aproveitar o crescimento econômico. A esquerda
passou a usar esse termo, com uma alteração do seu sentido, para designar toda
minoria que, a seu ver, é de alguma forma humilhada ou toda categoria social,
marginalizada. Com uma acepção tão vaga quanto ampla, as pessoas que não
desfrutam do status comum podem ser consideradas excluídas, não importa se
devido à fatalidade, à lei ou a dificuldades muito específicas de cada um - se
não encontra um lugar para morar, se está preso ou se é toxicômano, portador de
Aids ou imigrante clandestino."
A conclusão do autor é certeira,
principalmente se considerarmos a reprodução desse discurso no Brasil
pós-Lula:
"Mais uma vez, a semântica não é
inocente. Por analogia, exclusão remete a outras palavras: discriminação,
segregação. E, por extensão, racismo. O mito da exclusão permite que se acuse de
racismo não importa quem, nem o quê. No entanto, a vida social é baseada na
organização dos indivíduos em grupos que determinam legitimamente as inclusões
e, portanto, no sentido inverso, as exclusões. Religião, nação, família,
propriedade, empresa, associações - há diversas comunidades das quais estão
excluídos os que não são seus membros, sem que isso, no seu entender, implique
injustiça ou violência." ....

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