Lula ganhou
disparado…
Renato Onofre (O Globo
Online)
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou 2013 vencendo mais uma eleição. Entre as
personalidades mais corruptas de 2012, Lula ganhou com 65,69% dos 14.547 votos
válidos o Troféu Algemas de Ouro. Em segundo lugar, com 21,82%, ficou o
ex-senador Demóstenes Torres (sem partido) seguido pelo governador do Rio de
Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), com 4,55%.
Ironicamente, a
segunda edição da premiação organizada pelo Movimento 31 de Julho foi marcada
pela fraude. Os organizadores detectaram a utilização de um programa de votação
automática que criou perfis falsos no Facebook, que direcionou 38% do total de
votos (23.557) para candidatos ligados ao PSDB e ao DEM.
A premiação, que
aconteceu na tarde deste domingo no Leblon, Zona Sul do Rio, foi marcada pela
descontração. Em clima de carnaval, com máscaras representando os candidatos que
disputaram o Algemas de Ouro 2012, os manifestantes elogiaram a atuação do
Supremo Tribunal Federal (STF) na condução do julgamento do mensalão e lembraram
os feitos “históricos” de cada concorrente.
ELEIÇÕES
LIMPAS
Além de Lula,
Demóstenes e Cabral, estavam no pleito o senador Jader Barbalho (PMDB-PA); os
deputados federais Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Paulo Maluf (PP-SP); o ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e sua
ex-companheira de Esplanada, Erenice Guerra; o ex-governador do Distrito
Federal, José Roberto Arruda (sem partido); e o empresário Fernando
Cavendish.
— Depois de
eleger poste, o ex-presidente Lula mostra que ainda tem fôlego para ganhar mais
eleições daqui para frente. Foram três candidatos que fizeram jus à premiação.
Todos eles se destacaram nas páginas do jornal, mas o ex-presidente se
sobressaiu. No ano passado, ele foi responsável por um dos momentos mais
lamentáveis da história brasileira ao tentar chantagear um ministro do Supremo.
Acho que por sua atuação em 2012, e nem quero lembrar de Valérios e Rosemarys,
ele mereceu esse troféu e o cheque simbólico de R$ 153 milhões — afirmou Marcelo
Medeiros, coordenador do Movimento 31 de Julho.
No último dia 9,
os organizadores comunicaram à imprensa e à rede social Facebook — plataforma
utilizada para computar os votos — a tentativa de fraude. A denúncia partiu dos
próprios eleitores da enquete que perceberam que parte das escolhas foram feitas
por perfis falsos, recém-criados no ambiente virtual.
— Não é
militância. Se fossem militantes, era válido. O que detectamos foi uma
organização criada para fraudar a disputa. Coincidentemente, os votos sempre
eram para candidatos da oposição do governo petista e Cabral — explicou
Medeiros, que prometeu mudanças na plataforma de computação dos votos na próxima
eleição. ...
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