domingo, 3 de fevereiro de 2013

Governo atrasou a divulgação de dados sobre importação e resultado na balança comercial é pior que o divulgado ..

balanca comercial porto2 Governo atrasou a divulgação de dados sobre importação e resultado na balança comercial é pior que o divulgado
Informação do jornal O Globo:
BRASÍLIA – A balança comercial brasileira registrou em janeiro o pior resultado mensal em 20 anos. Afetada pelo registro tardio das importações de petróleo e derivados realizadas pela Petrobras e por uma explosão na compra de produtos do exterior, a balança comercial apresentou um déficit de US$ 4,03 bilhões no mês passado, o maior desde o início da série histórica, em 1993, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Além das operações da Petrobras e do aumento das importações de outros produtos, a queda nas exportações também influenciou o resultado da balança comercial. Na comparação com janeiro de 2012, as exportações caíram 1,07%, de US$ 16,141 bilhões para US$ 15,968 bilhões. A entrada de produtos, por sua vez, cresceu 14,64%, de US$ 17,448 bilhões para US$ 20,003 bilhões.
A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, informou que, em fevereiro e março, pode haver novos resultados negativos, ainda decorrentes dos registros tardios da estatal de petróleo. Ela explicou que ainda falta o registro de US$ 2,9 bilhões em importações da Petrobras. Em janeiro, foi contabilizado US$ 1,6 bilhão relativo a operações do último trimestre de 2012, que entraram nas contas com atraso.
— São US$ 4,5 bilhões de combustíveis e derivados que, em função do novo procedimento operacional da Receita Federal, refletiram-se na balança comercial deste ano — disse Tatiana.
Registro tardio de compras da Petrobras influenciou resultado
As compras de combustíveis e lubrificantes ocorreram em outubro, novembro e dezembro, mas não entraram integralmente no Sistema Integrado de Comércio Exterior. O registro tardio foi possível graças a uma instrução normativa da Receita Federal que deu mais tempo para a estatal contabilizar as operações.
Embora o governo negue uma manipulação dos números, na prática, a medida influenciou o resultado da balança de 2012. No ano passado, a balança registrou superávit de US$ 19,4 bilhões, o menor desempenho em dez anos. Se os US$ 4,5 bilhões em importações da estatal tivessem sido registrados até dezembro, o superávit cairia para US$ 14,9 bilhões.
(…)
No mês passado, houve queda nas exportações, principalmente de produtos básicos, como petróleo em bruto (-69,5%), café em grão (-16,2%), farelo de soja (-11,9%), fumo em folhas (7,1%), carne de frango (-4,5%) e minério de cobre (-8,9%). As maiores altas ocorreram nas vendas de milho em grão (289,6%), etanol (219,8%) e suco de laranja (126,2%). No caso das importações, destacaram-se combustíveis e lubrificantes (55,7%), bens de capital (14,6%) e matérias-primas e intermediários (7,9%). No que diz respeito aos bens de consumo, houve uma queda de 2,1% nas compras no exterior.
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