Reinaldo Azevedo disse certa vez que é uma enxadada, uma minhoca. Um leitorcorrigiu: no caso do PT, tem sido uma enxadada, uma jibóia. A cada dia, com um pouco de pesquisa dos jornalistas, emerge do pântano um monstro gigantesco criado pelos petistas. O mais novo é um rombo de R$ 500 milhões no fundo de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, por decisões políticas tomadas na era Lula, como mostrareportagem do GLOBO:
Enquanto
a ingerência política mergulha a Petrobras numa das maiores crises de
sua História, o fundo de pensão dos funcionários da estatal, a Fundação
Petros, vive dias turbulentos pelos mesmos motivos. Pela primeira vez em
dez anos, as contas da entidade foram rejeitadas por unanimidade por
seu conselho fiscal.
Nem mesmo os dois conselheiros indicados pela Petrobras no colegiado de
quatro cadeiras recomendaram a aprovação das demonstrações financeiras
de 2013, que apontaram um déficit operacional de R$ 2,8 bilhões no
principal plano de benefícios dos
funcionários da estatal e um rombo que pode chegar a R$ 500 milhões com
despesas de administração de planos de outras categorias. Mesmo assim,
as contas foram aprovadas no órgão superior da entidade, o conselho
deliberativo, abrindo uma crise interna no fundo.
Um grupo de conselheiros eleitos descontentes resolveu recorrer à Superintendência Nacional dePrevidência Complementar (Previc),
órgão que fiscaliza fundos de pensão, para denunciar a direção da
Petros, controlada por sindicalistas ligados ao PT desde 2003. Os
resultados dos investimentos da fundação têm recebido pareceres
contrários do conselho fiscal há dez anos, mas apenas com o voto dos
conselheiros eleitos pelos funcionários. No entanto, as contas sempre
foram aprovadas pelo conselho deliberativo, órgão superior, no qual a
Petrobras, patrocinadora do fundo, indica o presidente, tendo direito a
voto de desempate. A estatal, no entanto, nem tem precisado usar esse
recurso.
Para quem trabalhou tantos anos no mercado financeiro como
eu, escândalos envolvendo fundos de pensão não chegam a ser exatamente
uma surpresa. O que o PT sempre consegue surpreender é em relação à
magnitude das coisas, e à forma escancarara com que faz suas
estripulias.
Quando se trata de sindicatos e
fundos de pensão, então, pode-se falar até mesmo em uma simbiose
completa com o PT, a ponto de não ser exagero algum chamar o Brasil
atual de uma “república sindical“. O aparelhamento foi total. Nada ficou livre das garras dos petistas e seus apaniguados. Agências reguladoras, sindicatos, estatais, fundos de pensão, ministérios, STF…
Para adicionar insulto à injúria, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Antonio Levanhagem, defendeu recentemente a volta da contribuição sindical para
todos os trabalhadores, independentemente se querem ou não colaborar
com os sindicatos. Essa coisa de contribuição voluntária e filiação
livre não está com nada. Os sindicatos devem arrecadar mesmo sem o
trabalhador querer sua representação.
Com o toque de Midas às avessas, o PT estraga tudo aquilo que toca. O
prejuízo milionário no fundo de pensão da Petrobras é apenas mais um
caso que vem à tona, e muitos outros devem permanecer ocultos por aí.
Basta pensar que, sob sua gestão, a Petrobras faz saques de US$ 10
milhões só com aprovação verbal, algo que nem mesmo uma quitanda faria. É
um assombro!
Muitos podem achar que é uso de linguagem exagerada em ano eleitoral,
mas é minha mais profunda convicção como cidadão brasileiro: o país não
agüenta mais 4 anos de PT. O custo, que já é enorme, ficará
insuportável, e o retrocesso será capaz de causar uma convulsão social
no dia em que o paiol explodir. Ou o Brasil acaba com o PT nas urnas, ou
o PT acaba com o Brasil…
* Texto por Rodrigo Constantino ..
Nenhum comentário:
Postar um comentário