Sim,
igualzinho aos petistas: nenhuma crítica a Dilma, Lula ou ao PT, órgão
ao qual pertenceu por décadas. Como os petistas, ela rompe o silêncio
cúmplice para bater em Eduardo Cunha, presidente da Câmara, que rompeu
com Dilma. Volte, Marina, volte para a seringueira:
Terceira
candidata mais votada na última eleição presidencial, a ex-ministra
Marina Silva defendeu em artigo que políticos que forem formalmente
denunciados pela Procuradoria-Geral da República se afastem dos cargos.
Para ela, o perigo é que políticos usem seus poderes para interferir nas
investigações.
"Devemos exigir o afastamento dos que ocupam cargos cujos poderes
possam interferir nas decisões. Mas desde já precisamos estar atentos
contra qualquer tentativa de sabotagem", escreveu Marina em artigo
enviado ao blog do jornalista Matheus Leitão, do G1.
A ex-senadora critica o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a quem
acusa de usar a manipulação da crise para aumentar seu poder. Segundo
Marina, por isso "é normal que ele agora tente explicar as denúncias de
corrupção que recebe como sendo manipulação dos outros". No entanto,
Marina aponta que os que gritam "fora Cunha" querem desviar atenção dos
gritos de "fora Dilma".
Na avaliação de Marina, o Congresso divide com o governo a
responsabilidade pela crise. "Neste momento, deveria predominar entre
eles (parlamentares) a consciência de que o Poder Legislativo é maior
que seus membros, mesmo aqueles que ocupam cargos de direção", disse.
A candidata do PSB nas eleições de 2014 pede que, "ao menos em nome
do bom senso", os denunciados evitem "mexer mais ainda num equilíbrio
institucional que já está precário, não usando poderes públicos como
navios de guerra onde os litigantes disparam contra os outros".
No texto, Marina defende a ação da Polícia Federal, do Ministério
Público e da Justiça na Lava Jato e argumenta que o Brasil é capaz de
sair do momento atual para outro momento positivo, assim como na crise
que culminou no impeachment de Fernando Collor. "O que está em curso no
Brasil não é apenas a desconstrução de um sistema político que revela, a
cada dia, sua falência. Há também uma lenta construção da democracia e
de instituições independentes e fortes, instrumentos de navegação em
meio às crises", argumenta.
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