terça-feira, 1 de maio de 2012

PMDB reafirma namoro com o PSDB ...


O plano de unidade da oposição para as eleições em Salvador ainda sinaliza obstáculos a serem vencidos, mas para o PMDB e o PSDB o clima tem sido cada vez mais de entendimento. Pelo menos foi o que evidenciou o presidente estadual do PMDB, deputado Lúcio Vieira Lima, que reforçou a situação indicada pelo presidente estadual do PSDB, Sérgio Passos.

O dirigente do partido tucano admitiu em entrevista à Tribuna que, caso a questão não fosse fechada com o DEM, havia possibilidade de os tucanos marcharem com o PMDB em duas candidaturas da oposição.

Quando o discurso é pela construção de uma corrente que fortaleça o projeto contrário ao PT, de Nelson Pelegrino, os líderes partidários do PMDB e do DEM, Lúcio e José Carlos Aleluia, respectivamente, concordam com Passos de que todos devem esgotar todas as possibilidades ao insistirem na unidade. Já o presidente do PT, Jonas Paulo, em resposta à tentativa do PSDB de mobilizar a eleição contra o pré-candidato Nelson Pelegrino (PT) atacou a fragilidade da oposição baiana e disse que o PSDB “não conseguirá ter força para impulsionar qualquer movimento”.

O dirigente do PMDB sinalizou que há uma alternativa pensada entre os tucanos e peemedebistas, com conversas no sentido de tentar formular uma outra candidatura. “Não quer dizer ser cabeça de chapa, mas uma vez formulada essa chapa e acertados os ponteiros ficará mais fácil atrair o Democratas”, afirmou.

Nessa articulação ainda não se sabe como seria a composição, ou seja, quem poderia ser o candidato a prefeito, o que o líder peemedebista não deixou claro. Ele apenas indicou que duas candidaturas seria “um caminho provável”, mas insistiu que ainda aposta na união em torno de um nome. “Se for o de Mário Kertész, ótimo”, torceu.

Nos bastidores ainda se fala que a conjuntura nacional em torno do DEM e do PSDB, com os democratas cobrando apoio dos tucanos em Salvador, como forma de retribuição, referente à aliança firmada nas últimas eleições e a uma possível adesão a candidatura de José Serra em São Paulo, conforme a Tribuna antecipou seria um dos entraves que estaria dificultando o projeto em Salvador, o que tem aproximado o PSDB e o PMDB.

Mas, o distanciamento e a negociação em âmbito nacional foi negada pelo presidente do DEM, José Carlos Aleluia.

“Estamos conversando com o PSDB em várias capitais, como São Paulo, Fortaleza (CE), Aracaju (SE), Florianópolis (SC), mas a negociação é local e a nossa prioridade é Salvador. Não temos divergências com o PSDB”, enfatizou Aleluia.

O líder democrata disse que acredita que todos estarão juntos na capital para que “os soteropolitanos voltem a ser valorizados”. O certo é que até as convenções partidárias, muitas articulações podem mudar ou fortalecer esse desejo.

O presidente do PT, Jonas Paulo, ao comentar a entrevista, disse que em relação ao plano do PMDB de seguir com o PSDB e o DEM, é preciso lembrar que o partido faz parte da base da presidente Dilma Rousseff, sendo a sigla do vice-presidente Michel Temer.

“Eu acredito que o PMDB não terá como política fortalecer a oposição”, mandou recado. O petista alfinetou os tucanos ao questionar: “Qual a cidade grande da Bahia que eles têm candidatura competitiva? O DEM ainda tem presença pontual em Itabuna, Feira de Santana e Salvador”, citou

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