terça-feira, 5 de junho de 2012

Estudantes protestam em apoio a professores de universidades federais em greve, quebram vidraças do MEC e conhecem o gás de pimenta pedagógico de Agnelo Queiroz ..

Pois é… A Polícia Militar do Distrito Federal deu umas bordoadas, temperadas com gás de pimenta, num grupo de estudantes que organizava um protesto em frente ao prédio do MEC, em Brasília, em apoio à greve de professores de 46 universidades federais e dois institutos técnicos. Os manifestantes jogaram pedras contra as janelas e quebraram quatro vidraças, segundo informa o Correio Braziliense. Daniel Iliescu, presidente da UNE, atribuiu a ação a uma minoria. Lucas Brito, no entanto, aluno de serviço social da Universidade de Brasília e membro da Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre (Anel), tem outra versão. Disse ao jornal que a decisão de invadir o MEC foi da maioria, inconformada por não ter sido recebida pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele acusou truculência da PM: “A ação da polícia foi totalmente intransigente; jogaram spray de pimenta e bateram com cassetete. Teve gente que foi parar no hospital”.
Não! Tio Rei não apoia essas coisas, de jeito nenhum! Nem greve de professores nem depredação do patrimônio público. Nunca! É contra, seja o governo petista, tucano ou, sei lá, anarco-sindicalista, compreenderam? O que me fascina é outra coisa. Onde estão os parlamentares petistas para dar apoio aos estudantes? Quando um grupo de delinquentes políticos ocupou a Reitoria da USP e tentava manter, na base da violência, uma greve contra a vontade da maioria, lá estavam os bravos petistas, prontos para acusar a suposta truculência do governo Alckmin. E olhem que, no caso da Universidade de São Paulo, não se reivindicavam melhores condições de trabalho nem se acusava deficiência da infraestrutura. Os valentes protestavam contra a… presença da PM no campus, entenderam? Era a extrema esquerda se juntado à quadrilha da fumaça contra o estado de direito. Quando a PM decidiu retirar os invasores da Reitoria — meia-dúzia de aloprados —, ninguém sofreu, felizmente, um único arranhão.
Mercadante criticou de novo nesta terça a greve dos professores. Ele se encontrou com representantes da Andes (Sindicato Nacional dos Servidores das Instituições de Ensino Superior) e disse que o Ministério do Planejamento retoma as negociações no começo da semana que vem. O ministro também comentou a ação dos estudantes, segundo informa a Folha: “É próprio de estudantes participar de manifestação, [mas] quebrar vidro não faz parte de manifestação e não é necessário. Ninguém pediu audiência aqui. (…) Eu imagino que tenha sido ou falta de experiência ou problema de excesso, que às vezes faz parte da juventude”.
Que se saiba, não deu declaração nenhuma sobre a aplicação pedagógica do gás de pimenta, a que recorreu a PM do Distrito Federal, governado pelo petista Agnelo Queiroz. É que essa substância, quando usada pelas forças do PT, está a serviço, naturalmente, do poder popular e da redenção das massas. Só é a mais pura expressão do reacionarismo quando a polícia está sob o comando de algum adversário do partido.
Por Reinaldo Azevedo (  http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/estudantes-protestam-em-apoio-a-professores-de-universidades-federais-em-greve-quebram-vidracas-do-mec-e-conhecem-o-gas-de-pimenta-pedagogico-de-agnelo-queiroz/)

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