Com
as últimas cenas do julgamento do mensalão, parece que estão armando um grande
circo para consagrarem Marcos Valério como o maior vilão dessa estória seguindo
com a sua condenação e de toda a sua ala. Enquanto que, livrando o apostador de
brigas de galo, abre consequências para que toda a ala politica do mensalão seja
inocentada. Fortalecendo o ex primeiro-ministro de Lula que já considerava-se
como se fosse o presidente de fato, e assim era respeitado por todos.
Deputados
federais, agentes públicos e até os outros ministros eram tratados como seres
inferiores por José Dirceu. Sua arrogância era tão famosa quanto temida por
todos. Ele gostava de ser tratado como superior e adorava tratar os demais como
subalternos. E não bastava serem subalternos, havia uma necessidade de uma
submissão manifesta e absoluta. Ainda persiste José Dirceu com seus arroubos
intoleráveis de pura arrogância. Ele continua achando que está acima da lei,
ampliando sua demonstração de arrogância com a nação, sugerindo aos PeTistas que
resistam à imprensa e ao Poder Judiciário brasileiro, deixando claro sua paixão
por menosprezar as Instituições e sua idolatria pelo poder.
Estranho
o silêncio e a cegueira dos articulistas e demais redes sociais tucanas em não
comentarem ou enxergarem a grande e perigosa vitória do ministro revisor do
mensalão Enrique Ricardo Lewandowskicom a absolvição de Duda Mendonça e
Zilmar Fernandes, acusados de lavagem de dinheiro e evasão de divisas e
condenados pelo ministro relator do mensalão e futuro primeiro presidente negro
do STF, Joaquim Barbosa. Desconcertado, o relator acusou o revisor de ser
incoerente e depois de dizer que poderia reformular seu voto, atribuiu sua
vexatória derrota a PGR por ter levado uma denúncia mal feita, atacando e
afirmando que MP deve aprender ao formular uma denuncia. Como já disse: ao
atacar a PGR, contradiz as próprias razões quando condenou outros réus com base
na mesma denúncia que hoje reputa inepta. Se levarem uma denúncia mal feita ao
STF, caberia ao relator absolver os julgados e não criticar o MP. Agora a culpa
de ter perdido a condenação é do MP.
O
perigo da absolvição de Duda Mendonça e Zilmar Fernandes abre precedentes
para o ingresso de recursos, principalmente do então ministro de Lula da Casa
Cível, José Dirceu. Tinha
certa convicção que, transitado em julgado o mensalão, as penas aos condenados
seriam de acordo ao artigo 33 do Código Penal que favorece ao apenado
cumprimento da pena em regime semiaberto, se forem condenados em até 4 anos, ou
superior a 4 anos e que não exceda a 8 anos.
E
agora com Duda Mendonça livre para apostar em rinha de galos, fortalece o
recurso de ingresso de embargo de declaração e recurso de medida cautelar para
melar o transitado em julgado do mensalão quando o acórdão for publicado no
Diário Oficial de Justiça de todos que forem condenados. E
nada me surpreenderá se houver reformulação das Sentenças e todos esses
políticos condenados sem provas, saírem livres e aclamados pela PeTisada como
heróis resistentes a mídia golpistas e a as arbitrariedades.
Aguentar
o Zé Dirceu livre e solto para desfilar suas verborragias será um grande
golpe a aqueles que ainda acreditam nas Instituições brasileiras.
E
aí veremos como será o comprimento da régua de muitos e principalmente dos
fundamentalistas tucanos como os Reinaldos Azevedos, que hoje classificam o Min.
Joaquim Barbosa como um herói nacional e futuro presidente do Brasil, podendo,
amanhã, passar a classifica-lo como qualquer coisa vil e esculachados.
Sinceramente
estou torcendo para que eu esteja completamente redundantemente redondamente
enganado, mas, pelo que já vi nesses cenários vis, sinto cheiro de orégano na
armação de um grande circo.
*Plínio
Sgarbi, por e-mail, via Grupo Resistência Democrática....

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