No ano de 2012 a Bahia viveu a maior
greve de policiais militares que o Brasil já viu e que foi liderada pelo
Soldado Prisco (Hoje Vereador por Salvador pelo PSDB).
O governo da Bahia há um ano atrás,
chamou o Soldado Prisco, a ASPRA e outras associações para negociar os
demais pontos de pauta, fruto ainda da greve de 2012.
Ocorre que ao final de nove meses de
elaboração de projetos de leis e intensos debates, o governo recebeu as
propostas e não atendeu praticamente a nenhuma das demandas da
categoria, o que causou uma revolta geral. Ao tornar públicas suas
propostas a revolta da categoria foi muito maior, ficaram mais
indignados ainda pois o governo evidenciou nas contrapropostas que se
aprovadas representariam um retrocesso sem precedente.
O governo mais uma vez não contava com
as mídias sociais, que são livres e que tem um alcance assustador. Em
poucos dias toda a Bahia estava apreensiva com a possibilidade de uma
nova greve da PM e essa muito maior que a outra. Os analistas políticos
dizem que ou Dilma deveria fazer uma intervenção, minimamente ligando
para o Governador da Bahia que é do sou partido, ou o Brasil corria
sério risco de passar por uma greve geral da PM.
Não há como negar que após o ano de 2012
a Bahia passou a ser uma tropa de referência para o Brasil,
especialmente porque o Coordenador Geral da ASPRA, o Soldado Prisco, é
também o Coordenador de Mobilização da ANASPRA (entidade nacional dos
praças da PM), respeitadíssimo em todo o Brasil por toda sua história de
luta. No mais, estados como Santa Catarina, Maranhão e Pará, esses dois
últimos por meio de greve tiveram conquistas significativas. Não se
admitiria a Bahia que é referência, após mais de nove meses de diálogo
não conquistar nada.
A possibilidade de greve se tornou cada
dia mais real, pois a conjuntura que se desenha é a mesma, com o
agravante que o governo sinalizou que queria modernizar a PM, e deixa
evidente pelas suas propostas que o objetivo é retroceder em avanços
históricos alcançados. O que ocorre de fato é uma pressão da categoria e
interna, de dentro do próprio Partido dos Trabalhadores, que pode estar
colocando em risco não apenas a sucessão do Governados Jaques Wagner
como a própria reeleição da presidente Dilma que e do mesmo partido,
digo isso pois a Bahia poderá ser um estopim para uma greve nacional às
vésperas da copa. ..
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