Além das pesquisas publicadas, grandes empresas fazem os seus
próprios levantamentos, para orientar as suas decisões estratégicas.
Ontem a maioria das pesquisas de tracking indicavam que Aécio abriu uma
grande vantagem sobre Dilma. Tanto é que a Vox Populi, que tem contrato
com o PT, juntamente com a Rede Record, que apoia Dilma, publicaram
pesquisa para não desmobilizar a militância. Para não ficarem
desmoralizados, mantiveram o empate técnico entre os candidatos.
O Ibovespa experimentou
a maior alta entre os principais índices acionários do mundo e o real
subiu depois que uma pesquisa mostrou o candidato de oposição, Aécio Neves,
à frente da presidente Dilma Rousseff no segundo turno da eleição no
Brasil. A Petrobras deu a maior contribuição para o avanço do indicador
devido à
especulação de que o possível novo governo reduzirá as intervenções, o
que inclui os controles de preços, que limitam sua lucratividade.
O Ibovespa deu um salto de 5,6 por cento, para 58.423,05, às 15h13, em
São Paulo. Todos os 10 setores industriais que compõem o MSCI Brazil
Index avançaram. O real registrou uma valorização de 2 por cento, para 2,3818 por dólar,
marcando o melhor desempenho entre as 31 principais moedas monitoradas
pela Bloomberg.
A Petrobras subiu 11 por cento, para R$ 22,25 o mais alto nível desde 5
de setembro. A Vale saltou 6,2 por cento, para R$ 24,40, a maior alta
desde julho de 2010 . As oscilações entre os ganhos e os prejuízos das ações e dos mercados
de câmbio brasileiros têm aumentado à medida que o segundo turno se
aproxima, com a volatilidade do Ibovespa no período de 90 dias no nível
mais alto desde outubro de 2013. A volatilidade implícita de um mês sobre as opções para o real, que
refletem mudanças projetadas na moeda, está no nível mais alto entre os
países em desenvolvimento.
Avanço semanal
No dia 10 de outubro o real registrou um aumento semanal de 1,2 por
cento, em seu primeiro ganho de cinco dias desde agosto, devido à
especulação de que Dilma não será reeleita. Em setembro, a moeda caiu 8,6 por cento, maior declínio dos mercados
emergentes, quando as pesquisas mostraram um maior apoio à candidata à
reeleição.
“O debate político tende a continuar sendo o principal impulsor da
negociação cambial”, disse Deives Ribeiro, gerente de câmbio da Fair
Corretora de Câmbio e Valores, em São Paulo, por telefone. “Os
investidores gostaram de ver Aécio à frente de Dilma”. (Com informações da Revista Exame)
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