terça-feira, 24 de abril de 2012

Greve dos professores: Régis acusa governo de assassinar a educação na Bahia

"O Governo do Estado não cumpre acordo porque educação não é prioridade. Prioridade é gastar quase meio milhão por dia com propaganda mentirosa". Estas foram às afirmações do líder do bloco PR/PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Sandro Régis, ao ocupar a tribuna da Casa durante a sessão desta terça-feira (24), que tratou do projeto que reajusta em 6,5 o salário do magistério público estadual.

O parlamentar apresentou duras críticas ao governo e acusou o chefe do Executivo de gastar mal e não honrar os compromissos firmados ao assumir o poder do Estado, em 2007. Para contrapor a justificativa dada pelo governo de não haver recursos suficientes para conceder o aumento de 22,22% reivindicado pelos professores estaduais, que estão paralisados há 14 dias, Sandro Régis afirmou que somente no ano de 2011, o Estado gastou quase R$ 370 milhões com Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) e desembolsou, entre os Poderes Executivo e Judiciário, quase R$ 266 milhões para pagamento de funcionários por meio do regime de Prestação de Serviço Temporário (PST). De acordo com o deputado, os gastos com esse tipo de contratação tiveram aumento de 24,07% em relação a 2010, quando o governo gastou R$ 196 milhões para pagamento do PSTs.

"O governo diz que não pode cumprir o acordo porque não tem dinheiro. Isso é mentira. Eles não cumprem porque educação não é prioridade nesse governo. Na terra de pessoas de bem e de homens de palavra, ninguém é obrigado a fazer qualquer tipo de acordo, mas se fizer, cumpra. Tenham vergonha na cara, honrem os compromissos de vocês", disparou Régis.

Ao tempo em que exigiu o cumprimento do reajuste salarial de 22,22% sobre o piso nacional dos professores, assinado em forma de um Termo de Acordo entre o Governo do Estado e a APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do da Bahia, o deputado republicano alfinetou o governador Jaques Wagner ao afirma que o governo encara com cinismo suas obrigações e responsabilidades com os servidores públicos estaduais.

"O governo Wagner assassinou a segurança pública e agora quer assassinar a educação baiana. É um governo movido à propaganda enganosa e a mentira, que não honra em pé o que escreve sentado. É um verdadeiro Lorotil. Cumpram os compromissos de vocês, caso contrário, a grande obra deste governo será a história do maior estelionato político eleitoral que a Bahia já sofreu", retrucou Sandro Régis.

O texto enviado pelo governo pretende assegurar o piso nacional da educação a 5.210 professores de nível médio estipulado em R$ 1.451. No entanto, os educadores pedem o cumprimento do reajuste salarial de 22,22% sobre o piso nacional da categoria. Os dois projetos de lei que tratam do reajuste do magistério tramitam em regime de urgência na Assembleia. O projeto de lei nº 19.776/12, que transforma em subsídio a remuneração total dos professores com titulação em ensino médio completo ou licenciatura de curta duração e de docente não licenciado, e o de n° 19.778/2012, que altera a estrutura remuneratória da carreira do magistério público estadual do ensino fundamental e médio.


Fonte: Assessoria de Comunicação.       ....           ......

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