Carlos Newton
Auditoria do Tribunal de Contas da União constatou irregularidades na folha
salarial da Câmara e do Senado. Conforme relatório a ser levada a plenário do
Tribunal, divulgado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o Senado e a Câmara
terão de providenciar o ressarcimento de valores pagos acima do teto do
funcionalismo, de horas extras não trabalhadas e de contribuições não debitadas
nos últimos cinco anos, além de recursos pagos por jornadas de serviço não
cumpridas e por pensões ilegais. Um verdadeiro festival.
As irregularidades foram identificadas em auditorias do tribunal em 2009 e
2010 e confirmadas agora, após audiências de dirigentes das duas Casas. Só na
Câmara, segundo o TCU, 1.100 funcionários ganham acima do teto de R$ 26,7 mil;
no Senado, são mais 464.
O relatório do Tribunal de Contas prevê, também, redução de salários e
eliminação de cargos acumulados indevidamente. Segundo estimativa, as
irregularidades na folha causam um prejuízo de R$ 157 milhões anuais só ao
Senado.
Na Câmara, o TCU identificou uma farra no pagamento de gratificações. Há
casos de servidores que recebem indevidamente pela participação em comissões e
grupos-tarefa, que ganham auxílio-alimentação em duplicidade, entre outras
ilegalidades.
Cerca de 40 outros funcionários acumulam indevidamente cargos. O laudo
questiona, ainda, componentes da estrutura remuneratória dos servidores da Casa
que estão vinculados ao subsídio dos parlamentares, o que provoca reajustes
automáticos na remuneração.
Diante disso, Francelino Pereira perguntaria: “Que país é esse?”..
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